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Perspectiva Histórica
Evolução da Produção
Participação do Porto do Rio na Exportação de Café

 

 

 

 

 


Livro com a Ata de
Constituição do CCCRJ

100 Anos que Fizeram a História
O Café, do Rio para o Brasil e o Mundo
Uma Cidade, uma Baía, um Porto...
A Ousadia Continua
O Orgulho da Grandeza do Café

Ao completar 100 anos de existência, o CCCRJ fechou um ciclo que compreendeu, sem dúvida, o de maior avanço na história de toda a humanidade e, particularmente, do Brasil. Ao mesmo tempo, se preparava para, com muita disposição, dar início a uma nova era em que os desafios propostos pelo mundo moderno serão enfrentados com a mesma garra e coesão de ideais daqueles que, em 19 de dezembro de 1901, começaram a escrever essa grande trajetória.

Marcado por inovações e revoluções de todos os tipos - políticas, culturais, artísticas, tecnológicas e sociais - o século XX exigiu dos homens a capacidade de compreensão e de visão simultâneas dos fatos que se desenrolaram. Afinal, nunca, em todos os tempos, as mudanças foram tão rápidas e tão profundas. E aqueles que trabalham com café sabem disso com muita propriedade.

Quando, em meados de 1900, um grupo de produtores e comerciantes de café começou a pensar na criação, no Rio de Janeiro (província que centralizava a produção, comercialização e exportação do produto), de uma entidade que ao mesmo tempo pudesse congregar as atividades cafeeiras e servir de local para que se debatessem questões pertinentes ao setor, o Brasil ainda absorvia as novas relações políticas e trabalhistas, determinadas pouco mais de uma década antes pela Proclamação da República e pelo fim da escravatura.

No mundo, cuja população não ultrapassava 1,5 bilhão de pessoas (um pouco mais que a China de hoje), as novidades nesse início do século XX ficavam por conta dos grandes inventos que ainda estavam conquistando mercado, como o telefone e o cinema.

A Coca-Cola já havia sido inventada (em 1886, por Pemberton, um farmacêutico norte-americano), mas ainda não disputava o consumidor e nem de longe fazia frente para o que já liderava, e continuaria a liderar por anos a fio, a balança comercial brasileira: o café.

O Brasil liderava a produção mundial de café, as exportações do grão respondiam em média por cerca de 70% do total embarcado pelo País, e a demanda crescia. Vale registrar ainda que o mercado havia passado, em 1865, pelo que os estudiosos denominam como uma revolução tecnológica da mais alta importância para a generalização do consumo: a comercialização de café torrado em pacotes, que substituiu a prática tradicional de o consumidor adquirir grãos verdes para, posteriormente, torrar ele próprio em sua casa. Essa nova forma de venda, além de mais prática, garantia também certa padronização, visto que, quando torrado pelo consumidor isso dependia de sua própria habilidade. Mercadologicamente, esse novo processo viria, futuramente, a permitir a formação de blends.

O período pós-declaração da República foi marcado por uma instabilidade da moeda brasileira, acrescida de maiores safras cafeeiras, fazendo oscilar enormemente a cotação do produto no mercado internacional. Em 1900, o Brasil respondia por 68,51% da produção mundial de café, com 13,845 milhões de sacas de 60 kg (praticamente o volume hoje consumido pelo mercado interno). Internamente, a principal região produtora, devido principalmente à entrada da mão-de-obra imigrante, passara a ser São Paulo (com 62,06%), seguida pelo Rio de Janeiro (com 30,75%), província que havia liderado o ranking até 1893. Já a participação do café reduziu-se para 56,96% do total exportado pelo Brasil.


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