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Março 2009 - Ano 88 - Nº 829

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Informações prévias sobre a pesquisa foram apresentadas em reunião da Câmara Setorial do Café, em Campinas.

Dois milhões de sacas de café conilon/robusta. Esse é o volume necessário, por ano, para atender à indústria paulista de café solúvel. E detalhe: São Paulo não produz esse tipo de café. Para a indústria, o melhor seria comprar a matéria-prima paulista e não trazê-la do Espírito Santo, com elevados custos de transporte. Tradicional produtor de café arábica, São Paulo tem no robusta uma opção para o plantio em regiões de temperaturas elevadas e uma oportunidade para aproveitar o mercado da indústria de café solúvel.
 
O Instituto Agronômico (IAC), em Campinas, está desenvolvendo pesquisas para avaliar a viabilidade do cultivo do conilon/robusta no Estado de São Paulo e as informações prévias sobre os estudos foram apresentadas na primeira reunião de 2009 da Câmara Setorial de Café, realizada no IAC, com representantes de todos os elos da cadeia do café. O diretor-geral do IAC, Marco Antônio Teixeira Zullo, deu as boas-vindas ao grupo e ressaltou a abertura do IAC ao setor produtivo.

O pesquisador do IAC, Luiz Carlos Fazuoli, afirmou ter ficado surpreso com a qualidade do café robusta que o IAC está selecionando. Ele ressaltou que o Instituto está fazendo experimentação e campo-piloto, incluindo estudos com condução da lavoura e custos de produção, mas não é possível ainda recomendar o robusta para São Paulo. É necessário seguir pesquisando. O IAC gerou em 2008 uma coleção de 300 plantas matrizes, que poderão gerar cultivares clonais de café robusta. Além da adaptação de cultivares, o estudo envolve as áreas de adequado manejo da lavoura, adubação, espaçamento, poda, irrigação, colheita e secagem.

De acordo com Fazuoli, o IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, tem vários experimentos e campos de seleção do conilon/robusta em Campinas, Mococa, Cássia dos Coqueiros, Pindorama, Herculândia e Adamantina, totalizando 15 hectares em estudo. Ele afirma que recentemente, foi instalado um campo-piloto em Matão, em uma área de 10 hectares com 18 clones de conilon do Espírito Santo, e 2 hectares de ensaios com 45 clones do IAC e 18 clones do Espírito Santo. Outro campo-piloto está instalado em Adamantina, com 18 clones do Espírito Santo. Há também experimentos com 39 clones do IAC e 18 do Espírito Santo numa área 2 hectares. “O material do IAC tem plantas matrizes, mas não há quantidade suficiente para escala comercial”, diz o pesquisador. Já os materiais do Espírito Santo, disponíveis em grandes quantidades, ainda não foram  experimentados em São Paulo o suficiente para serem indicados em escala comercial. 

Fazuoli ressalta que em regiões com déficit hídrico o robusta tem que ser irrigado. A condução da lavoura é outro aspecto delicado desse café. Os estudos com os custos de produção do robusta caminham para a conclusão. Por hora, sabe-se que o mercado é amplo e tem forte demanda da indústria, que poderia se beneficiar, inclusive, com a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), já que desde 1995 o Governo do Estado isenta desse tributo das indústrias de café que compram matéria-prima em São Paulo.

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