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Setembro 2009 - Ano 88 - Nº 831

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O dia 08 de julho foi marcado por um importante passo no processo de profissionalização administrativa do Museu do Café. Em reunião no edifício da Bolsa Oficial de Café, o Conselho de Administração da Associação dos Amigos do Museu do Café nomeou Linneu Carlos da Costa Lima como seu novo presidente. Lima assume o cargo que desde 2005 era comandado por Guilherme Braga Abreu Pires filho, Diretor Geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ).

Linneu Carlos da Costa Lima, de 68 anos, é agricultor ligado à cultura cafeeira e filho de Renato da Costa Lima, ex-presidente do Instituto Brasileiro do Café (IBC), entre 1958 e 1960, no governo Juscelino Kubitscheck, e ex-ministro da Agricultura no período parlamentarista do governo de João Goulart.

Antes de assumir a presidência da Associação dos Amigos do Museu do Café, Linneu foi vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira – da qual permanece como conselheiro até hoje – e presidiu a Cooperativa de Cafeicultores de Mococa. Entre janeiro de 2003 e julho de 2007, exerceu o cargo de Secretário da Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quando trabalhou com os ministros Roberto Rodrigues e Luis Carlos Guedes Pinto. Após sua saída do ministério, Costa Lima integrou a Comissão Interamericana de Biocombustíveis, com sede em Miami, nos Estados Unidos.

A indicação do nome de Costa Lima teve como base a experiência à frente da secretaria federal e as boas relações do novo presidente em todos os segmentos do setor cafeeiro. “Ele é um homem da área de café que tem bom trânsito em todas as entidades nacionais do setor e a sua presença fortalece a atuação nacional do Museu. Além disso, tem experiência nos governos Estadual e Federal”, explicou Eduardo Carvalhaes Jr., ex-diretor de desenvolvimento do Museu do Café.

O Conselho de Administração, presidido pelo Sr. Luiz Marcos Suplicy Hafers, aceitou de forma unânime a indicação do presidente Guilherme Braga Abreu Pires Filho ao nome de Costa Lima. Em seu discurso de posse, o novo presidente exaltou o orgulho de assumir o comando da instituição e o desejo de continuar o bom serviço da gestão anterior. “Eu me proponho a lutar pelo Museu do Café com toda a minha força física e intelectual, para prosseguir o grande trabalho que já vem sendo realizado”, afirmou.

Entre as prioridades estabelecidas pelo novo presidente para sua gestão, estão as obras de conservação e restauração do edifício da Bolsa Oficial de Café. As principais são as adaptações na sala do andar térreo, que abrigará o Centro de Informação e Documentação, e também as reformas no terceiro andar, que contará com restaurante e auditório.

A verba para a primeira, com conclusão prevista para setembro, foi conseguida por meio do “Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais”, da Caixa Econômica Federal. O Museu do Café foi uma das 31 entidades selecionadas, entre proponentes de todo o Brasil, e conseguiu a liberação de R$ 106 mil para a implantação do projeto.

Já para o terceiro andar, a nova diretoria espera contar com a readequação orçamentária pleiteada junto à Secretaria de Estado da Cultura para o ano de 2010. O repasse originalmente estabelecido é de R$ 1,5 milhão, porém, para atender suas demandas, o Museu do Café trabalha para conseguir um acréscimo de 40%, chegando a R$ 2,1 milhões.

Na esfera cultural, Costa Lima almeja a consolidação da instituição como referência nacional na preservação da história do produto. “Temos que trazer para o Museu do Café um acervo à altura de sua representatividade para o país. Aglutinar e produzir materiais que ajudem a contar a história do café e sua influência social, econômica e política no desenvolvimento do Brasil”, explica.

Ainda durante a reunião de conselho, o então gerente geral do Museu do Café, José Elias Hiss, assumiu o posto de novo Diretor Administrativo da instituição. Hiss é ex-diretor da Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM) – onde também acumulou o cargo de diretor executivo.

Profissionalização

As nomeações do novo presidente e diretor administrativo fazem parte do processo de profissionalização administrativa do Museu do Café. A entidade passa agora a ter sua diretoria formada por profissionais remunerados e dedicados em tempo integral às atribuições da instituição.

O ex-presidente Guilherme Braga Abreu Pires Filho ressaltou que o crescimento das atividades, impulsionadas pela assinatura do Contrato de Gestão firmado junto à Secretaria de Estado da Cultura – oficializada em novembro de 2008 –, exige novo regime de gestão. “É essencial que os novos diretores possam se dedicar de forma integral aos serviços do Museu do Café, além de reunir competências específicas para o exercício de cada função”, ponderou.

Outra ação no mesmo sentido, também destacada durante o encontro do Conselho de Administração, é o convênio assinado entre o Museu do Café e a Universidade Católica de Santos (Unisantos). A instituição de ensino será responsável pela elaboração do organograma institucional e do planejamento estratégico da entidade.

Transição

Com o objetivo de assegurar a continuidade dos trabalhos colocados em prática nos últimos anos – que impulsionaram as atividades no Museu do Café e culminaram com o contrato de gestão assinado junto à Secretaria de Estado da Cultura – o Conselho de Administração aprovou a criação de um Comitê de Transição.

Formado pelos antigos membros da diretoria – Guilherme Braga Abreu Pires Filho, Eduardo Carvalhaes Jr., Antonio Carlos Cavaco e José Moreira Lima -, o comitê terá duração de seis meses com a função de concluir o processo de organização institucional do Museu.

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