Profissionais
do setor exportador, especialistas e lideranças
do agronegócio café estiveram reunidos
para troca de experiências e conhecimento no
2nd Forum & Coffee Dinner, evento promovido pelo
Conselho dos Exportadores de Café do Brasil
(Cecafé), no dia 30 de maio, em São
Paulo (SP). A primeira etapa da programação,
no Hotel Meliá Mofarrej, contou com ampla diversidade
de temas, abordados por especialistas nacionais e
importantes representações da cafeicultura
mundial. Divididos em quatro painéis temáticos,
foram destacados os efeitos da macroeconomia na cafeicultura,
desafios do aquecimento global e perfil de produção
e tendências de consumo nos principais países
importadores.
O 2nd Forum & Coffee Dinner foi realizado num
momento em que as exportações de café
ultrapassaram a casa de 27 milhões de sacas
na safra 2006/2007, atendendo a demanda de 73 países
e gerando receita de R$10,4 bilhões. Em 2006,
o café foi o quinto produto agrícola
mais exportado, o que representa 8% do resultado bruto
das exportações do agronegócio
e responde por 2,5% do total da pauta de exportação
brasileira. Para o diretor-geral do Cecafé,
Guilherme Braga Abreu Pires Filho, a performance consolida
o Brasil como maior exportador mundial de café.
Responsabilidade
social
Atento às transformações produtivas
e mercadológicas pelas quais vem passando o
sistema agroindustrial do café no mundo, João
Antônio Lian, presidente do Conselho Deliberativo
do Cecafé, destaca a integração
da cadeia e preocupação do setor com
a incorporação de soluções
sustentáveis e a busca permanente pela qualidade
do produto.
João
Antônio Lian |
Na
cerimônia de abertura do evento, foi assinada
uma parceria entre o Cecafé e a Microsoft
Brasil, para o fortalecimento do programa “Criança
do Café na Escola” que, em seu terceiro
ano, conta com 53 salas de informática,
promovendo a educação e inclusão
digital de mais de 18 mil crianças e adolescentes
de escolas rurais, nas principais regiões
cafeeiras. O compromisso da Microsoft com a educação
vem reforçar o objetivo do Cecafé
em promover o desenvolvimento de ferramentas,
programas e práticas inovadoras para que
educadores, estudantes e comunidade rural alcancem
seu potencial pleno. |
O suporte da Microsoft ao Programa deverá facilitar
o acesso à Internet, softwares e programas
de aprendizagem e soluções pedagógicas
desenvolvidas com respeito às regionalidades
e demandas de cada escola participante.
“O
Programa Criança do Café na Escola
é uma iniciativa que deveria ser seguida
por outras organizações”,
destaca o diretor de Assuntos Comunitários
da Microsoft para América Latina, Rodolfo
Fucher. O programa agora faz parte do desafio
lançado pela Microsoft de levar a tecnologia
da informação a um bilhão
de pessoas até 2015. A estratégia
gira em torno de um modelo sustentável
apoiado em três pilares fundamentais: apoiar
a educação, estimular a inovação
tecnológica e geração de
empregos e oportunidades. |
Rodolfo
Fucher |
Dentro do Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade
do Cecafé, destacam-se ainda os programas “Jovem
Empreendor” e “Produtor Informado”,
idealizados para dar suporte ao desenvolvimento de
comunidades rurais e incentivar a fixação
do homem no campo, por meio de conhecimento e acesso
à tecnologia.
Brasil
vive melhor momento da economia desde 1970
Com visão otimista sobre o cenário para
exportação de commodities, o diretor
de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco,
Otávio de Barros, traçou uma análise
da economia brasileira e seus reflexos no agronegócio
café.
Otávio
de Barros |
Para
embasar a atual situação da economia,
recorreu ao período de 1967 a 1976, quando
a economia brasileira crescia 10% ao ano, similar
à China na atualidade. “Hoje, o Brasil
é um país completo, mais atrativo
e menos vulnerável. Temos a maior diversidade
do mundo em termos de commodity e do ponto de
vista industrial”, ressalta. Segundo Barros,
hoje o país se expõe mais à
competição externa, com a recente
abertura da economia e de um processo de apreciação
cambial, cujo regime flutuante, desde 1999, promove
uma depuração dos setores, destacando-se
os mais competitivos e eficientes. |
“O
Brasil vive o melhor momento desde o milagre econômico
de 1970, sinalizando um crescimento sustentável
na casa dos 4,5 a 5% ao ano. Estamos iniciando um
ciclo de crescimento com menor volatilidade comparada
às últimas quatro décadas”,
afirma. Sem perspectivas de mudanças significativas
no câmbio, sugere ousadia aos setores para manutenção
de competitividade.
A atual situação positiva revela-se
ainda mais importante em um país com a mais
dramática experiência inflacionária
da história do capitalismo. Barros acredita
que os indicadores econômicos afastam por longo
período a vulnerabilidade externa e o ciclo
de avanço seguido de recessão. Com inflação
abaixo da média mundial e recebendo mais investimentos
estrangeiros do que qualquer outro país emergente,
o país segue o caminho de padrões de
excelência que deverá conduzir a taxa
de juros nominais. Para facilitar a compreensão,
Barros faz analogia ao futebol: “Significa sair
da 4ª divisão para 2ª divisão
nesta liga de países competitivos”, acrescenta.
Aquecimento
Global e suas influências na cafeicultura
Chuvas irregulares, secas imprevisíveis, floradas
fora de época, maturação desuniforme.
Estes são alguns dos sintomas das mudanças
climáticas e seus efeitos na cafeicultura brasileira.
De acordo com o chefe geral da Embrapa Informática
Agropecuária (Campinas-SP), Eduardo Delgado
Assad, o momento exige conhecimento, medidas mitigadoras
e adaptação aos efeitos do aquecimento
global, previsto pelo Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC).
Simulações
realizadas com técnicas de geoprocessamento
e modelagem climática indicam que a área
com aptidão para o cultivo de café
no Brasil poderá sofrer drástica
redução caso não sejam tomadas
atitudes que atenuem este efeito. Atualmente,
o Estado de São Paulo tem 39,1% de sua
área apta para o cultivo do café.
Como exemplo, caso ocorra um aumento de 1ºC
na temperatura e mais 15% de chuva, a área
apta ao plantio seria reduzida para 29,8%. Com
mais 3ºC na temperatura e 15% de chuva, a
área favorável seria de 15%. Este
cenário seria similar para outros estados,
como Minas Gerais e Paraná. |
Eduardo
Delgado Assad |
A estimativa é que a área apta para
o plantio de café no Brasil cairia para 50%
caso haja o aumento de 1ºC na temperatura e de
27,7%, com aumento de 3ºC. Outra estimativa preocupante
é de redução da produção
de café em 23% com o aumento de apenas 1º
C na temperatura. Os cenários prevêem
reduções similares para Colômbia
e Vietnã. “Esta é a versão
caso nada seja feito para atenuar os efeitos”,
ressalta Assad.
Nos últimos 100 anos foi verificado um aumento
médio de 2º C nas temperaturas mínimas.
O problema maior é que na curva deste aumento
os picos são registrados nos meses de agosto,
setembro e outubro, com forte influência no
balanço hídrico e, conseqüentemente,
na floração do cafeeiro e na redução
de produtividade.
Mas, para Assad, ainda há tempo de reverter
essa situação. Entre as medidas, a redução
de gases de efeito estufa, adoção de
práticas conservacionistas e investimento em
melhoramento genético e biotecnologia em busca
de variedades tolerantes à deficiência
hídrica e altas temperaturas. No pacote tecnológico
deverá ser incluída atenção
especial à nutrição mineral e
uso de arborização na lavoura.
De
olho nos vizinhos: mudanças e desafios para
os próximos anos
Os participantes do 2nd Forum & Coffee Dinner
também receberam informações
atualizadas sobre o agronegócio café
na América Central, México e Colômbia,
em palestra apresentada pelo vice-presidente de Comercialização
e Marketing da Mercon Coffee Group, Oscar Sevilla.
Semelhante ao Brasil, a cafeicultura destas regiões
sofreu alterações nos últimos
12 anos, enfrentando a temporada de crise com foco
em cafés diferenciados pela qualidade e atenção
aos custos de produção.
Oscar
Sevilla |
Na
era chamada por Sevilla de “pré-crise”
(1995-2000), países produtores da América
Central, México e Colômbia vislumbraram
um aumento de produtores de tamanho médio,
crescimento de empresas exportadoras e de financiamento
bancário. Neste contexto, aumentaram também
as especulações e participação
no mercado, mas faltava aos produtores o conhecimento
para administração de riscos e superação
de desafios frente à desvalorização
cambial. De 2001 a 2005, como no Brasil, nossos
concorrentes enfrentaram quedas nos preços,
falta de capital para condução das
lavouras e muitas falências, tanto para
produtores individuais, como para cooperativas. |
Na crise, é reforçada a tendência
de atingir mais rentabilidade com a produção
de cafés de alta qualidade e maior transparência
na comercialização. Segundo Sevilla,
nos últimos anos é notório o
esforço dos países analisados para atingir
mais estabilidade, embora tenham perdido mercado.
A região saiu de uma exportação
de 28 milhões de sacas em 2000, para cerca
de 22,5 milhões em 2006, embora com crescimento
nos segmentos mais valorizados. A previsão
é que as exportações destas regiões
voltem à casa de 28 milhões de sacas
em 2012. Contribuindo para este resultado, a Colômbia
está com plano de renovação de
30% do parque cafeeiro, visando aumento da produção
exportável.
Os desafios para o futuro também são
familiares aos brasileiros: necessidade de administração
dos custos de produção, dificuldade
de transferência de conhecimento e tecnologia
a pequenos produtores, falta de mão-de-obra
qualificada para colheita frente à urbanização
em áreas produtoras e concorrência com
outras culturas, como milho e cana-de-açúcar.
Fica evidenciado, portanto, que o cafeicultor é
antes de tudo um guerreiro, não só o
Brasil, mas também nos países concorrentes.
Índia:
a cafeicultura na terra dos contrastes
Ressaltando a diversidade geográfica e climática
da Índia, Samit Shankar Shetty, diretor nacional
do Grupo Olam, apresentou perspectivas e tendências
da produção e consumo de café,
durante o 2nd Forum & Coffee Dinner. A produção
de café na Índia esteve estagnada entre
4,5 a 5 milhões de sacas na última década,
mas o produto tem relevante importância econômica
no país onde 65% da população
vive em áreas rurais. A produção
de robusta representa cerca de dois terços
da produção total, calculada em 3,1
milhões de sacas na última safra.
Em
2006, a Índia exportou em torno de quatro
milhões de sacas de café, principalmente
para Itália, Alemanha e Rússia.
O diferencial do café indiano está
em mercados especiais, como os “cafés
das monções” (originário
da principal província produtora de Karnataka),
“Mysore” e “Robusta Kaapi Royale”.
Com predomínio de propriedades cultivadas
em regime familiar e produtividades de 16 a 20
sacas/ha, a cafeicultura passa por transformações
nos últimos anos. Como desafio, a migração
para áreas urbanas, mão-de-obra
desqualificada, custo alto de produção
e falta de investimentos. |
Samit
Shankar Shetty |
O
país do chá também experimenta
uma explosão no consumo de café. Nos
últimos 10 anos, o consumo saltou de 800 mil
sacas para um milhão e 400 mil sacas, com o
aumento expressivo fora de casa, em cafeterias que
se espalham pelo país. O consumo doméstico
tem crescido aproximadamente 7% ao ano, a maioria
representada pelo consumo ocasional e de café
solúvel. A meta é aumentar também
o consumo interno de café torrado e moído,
para que o café seja incorporado à rotina
do indiano, que tem o hábito peculiar de adicionar
chicória a mais tradicional das bebidas.
Vietnã
domina exportações de robusta
Como maior produtor e exportador de café mundial,
é interessante ao Brasil conhecer a trajetória
que levou o Vietnã de uma produção
próxima a um milhão de sacas no início
dos anos 90 para uma safra recorde de 17,5 milhões
de sacas em 2006/07.
Ana
Vohringer |
Em
apresentação no 2nd Forum &
Coffee Dinner, a analista da Armajaro Coffee,
Ana Vohringer, conta que tudo começou com
um programa do governo para gerar emprego e renda
para a população. Hoje, dois milhões
de pessoas, dos quais 86% pequenos produtores,
dependem do café no país maior produtor
e exportador de café robusta. Produção
de baixo custo (cerca de R$ 70,00/saca), parque
cafeeiro novo (538,000 ha) e alta produtividade
(32 sacas/ha) são características
determinantes para o sucesso da atividade. O custo
de mão-de-obra, embora ainda muito baixo
comparado ao Brasil, triplicou nos últimos
cinco anos. |
O manejo das lavouras também é diferenciado.
No Vietnã, o espaçamento usado é
3m x 3m, com densidade ao redor de mil plantas por
hectare. A florada, que ocorre no período seco,
exige irrigação, porém, a água
começa a ficar escassa para uma expansão
do cultivo fora de controle.
Na safra 2006/07 o preço do café foi
muito atrativo e grande parte foi revertida para investimentos
nas lavouras. Outra parte certamente engrandeceu o
festival “Tet”, comemoração
mais importante vietnamita, que marca o fim da colheita
(outubro a janeiro) e antecipa a comercialização
da safra. A entrada do Vietnã na Organização
Mundial do Comércio (OMC), em 2006, motivou
uma reestruturação no setor exportador.
Há cinco anos, 95% das exportações
eram feitas por companhias estatais, cuja tendência
aponta para a privatização. Hoje, próximo
de 20% do café vietnamita é exportado
por exportadoras nacionais e internacionais, o que
torna o mercado mais competitivo.
Quanto ao potencial de expansão da produção,
Ana Vohringer aponta duas visões, a curto e
longo prazos. Para as próximas safras o contexto
é otimista: lavouras em boas condições,
condições climáticas favoráveis
e preços atrativos. Porém, não
haverá por parte do governo incentivo para
expansão da área de café, direcionados
para outras atividades alternativas. A seca no período
da florada parece ser o fator mais limitante.
Como
fazer o americano tomar mais café
Países produtores ficam em alerta sobre as
tendências de consumo nos Estados Unidos, país
onde 57% da população toma café
diariamente.
Os
participantes do 2nd Forum & Coffee Dinner
tiveram a oportunidade de receber estas informações
do especialista William Cortner, da Procter &
Gamble. O desafio, segundo ele, é encontrar
soluções para aumentar o consumo
que está estagnado há 40 anos, acompanhando
apenas o crescimento da população,
cerca de 7% ao ano. Uma boa notícia é
que o comportamento do consumidor vem mudando,
com tendência para o consumo fora de casa,
aumento de cafeterias e participação
do café no varejo. |
William
Cortner |
A diversificação pela qualidade e as
certificações com valores sociais e
ambientais são fortes tendências do consumo.
Nos últimos anos, o mercado de cafés
certificados encontrou demanda crescente, principalmente
na faixa de consumidores que valorizam aspectos de
sustentabilidade, apresentam desejos mais sofisticados
e podem pagar por esta diferenciação.
A ligação entre café e saúde
é a estratégia mais poderosa para alavancar
o consumo, segundo Cortner. As características
funcionais e nutricionais são cada vez mais
prioritárias na escolha da bebida. Pesquisa
realizada em 2004 mostrou que 71% dos entrevistados
achavam que o café fazia mal à saúde.
O conceito parece mudar com investimentos em estudos
científicos que comprovam os benefícios
da bebida e campanhas de conscientização
para afastar os mitos negativos que dificultam o aumento
do consumo.
Café
pronto para beber agrada consumidor japonês
Masaro
Ueshima |
O
consumo de café no Japão representa
mais que 60% do consumo em toda a Ásia.
Masaro Ueshima, gerente executivo da UCC (Ueshima
Coffee Co), aponta algumas tendências para
agradar o mercado asiático, sobretudo o
japonês, terceiro no ranking de importação
(em torno de 7,7 milhões de sacas) e quarto
país em consumo no mundo. Em 20 anos, o
japonês aumentou o consumo semanal de café
em duas xícaras, chegando a 340 xícaras
anuais, ainda abaixo da média mundial e
com potencial de crescimento. |
Hoje,
o café torrado e moído para consumo
em casa e escritórios e o café pronto
para beber são as preferências nacionais.
Desde 1985, os gastos com café superam os gastos
com o chá verde ou preto. A diminuição
e envelhecimento da população vêm
alterando os hábitos de consumo no Japão.
A tendência aponta crescimento para o mercado
de cafés especiais e certificados, principalmente
com selos Orgânico e Rainforest Alliance. Em
pesquisa realizada junto aos consumidores, 90% sinalizou
preocupação com questões ambientais
e de segurança alimentar, sendo que 70% preferem
o café orgânico.
Embora o Japão seja um consumidor atrativo,
a China continua sendo o mercado com maior potencial
de expansão para o consumo de café,
representando 82% da população asiática.
O consumo de café ainda é muito pequeno
(18 xícaras per capta/ano), porém com
taxa de crescimento ao redor de 62% nos últimos
10 anos. Cerca de 90% do mercado de café asiático
é de café instantâneo, sendo quase
unanimidade na China. Na visão de Ueshima,
a Ásia tem potencial para se tornar um grande
mercado de café. O desafio está em diversificar
as opções de consumo, como o torrado
e moído de qualidade superior, visando atrair
e cativar novos consumidores.
Rússia
aquece mercado de café na Europa
Para
finalizar a rodada temática que trouxe informações
atualizadas e tendências de mercado aos participantes
do 2nd Forum & Coffee Dinner, o presidente da
Union Nationale du Café – Paris (UNACAF),
Bertrand Bouvery, fez uma explanação
sobre os desafios e oportunidades do consumo de café
na Europa.
Com
importação estável, ao redor
de 38 milhões de sacas, as reduções
de consumo em países tradicionais como
Alemanha e França são compensadas
pelo consumo no Leste Europeu e Rússia,
que triplicou na última década.
Grande parte deste aumento se deve a popularização
do café solúvel, que já representa
17% do consumo total de café na Europa.
A Alemanha, que importa cerca de nove milhões
de sacas anualmente, apresenta uma taxa de consumo
decrescente, com redução de 14,83%,
nos últimos seis anos. |
Bertrand
Bouvery |
Uma
das explicações é que neste mesmo
período, o preço ao consumidor subiu
63%. Na França, o consumo sofreu redução
de 8% desde 2000. O consumo de sachês na França
já representa 8% do volume das vendas e 13%
do valor de mercado. Por outro lado, o consumo na
Rússia apresenta forte crescimento, com 90%
do mercado representado pelo café solúvel.
Em 1999, a cada cinco consumidores de chá,
havia um consumidor de café. Em 2005, esta
proporção já era de dois para
um.
Com 35 anos dedicados ao café e com grande
conhecimento da cafeicultura brasileira, Bouvery ressalta:
“O Brasil está no caminho certo em termos
de produção e aumento da safra, para
acompanhar a demanda mundial e manter a participação
no mercado. O Brasil tem tecnologia, terras e tradição,
sendo o único país capaz de atender
à expansão do consumo no mundo”,
destaca Bouvery. Ele completa que a diversidade de
cafés do Brasil atende a todos os tipos de
mercado, dos tipos menos valorizados aos paladares
mais exigentes.
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