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Junho 2007 - Ano 86 - Nº 822

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Profissionais do setor exportador, especialistas e lideranças do agronegócio café estiveram reunidos para troca de experiências e conhecimento no 2nd Forum & Coffee Dinner, evento promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), no dia 30 de maio, em São Paulo (SP). A primeira etapa da programação, no Hotel Meliá Mofarrej, contou com ampla diversidade de temas, abordados por especialistas nacionais e importantes representações da cafeicultura mundial. Divididos em quatro painéis temáticos, foram destacados os efeitos da macroeconomia na cafeicultura, desafios do aquecimento global e perfil de produção e tendências de consumo nos principais países importadores.

O 2nd Forum & Coffee Dinner foi realizado num momento em que as exportações de café ultrapassaram a casa de 27 milhões de sacas na safra 2006/2007, atendendo a demanda de 73 países e gerando receita de R$10,4 bilhões. Em 2006, o café foi o quinto produto agrícola mais exportado, o que representa 8% do resultado bruto das exportações do agronegócio e responde por 2,5% do total da pauta de exportação brasileira. Para o diretor-geral do Cecafé, Guilherme Braga Abreu Pires Filho, a performance consolida o Brasil como maior exportador mundial de café.

Responsabilidade social

Atento às transformações produtivas e mercadológicas pelas quais vem passando o sistema agroindustrial do café no mundo, João Antônio Lian, presidente do Conselho Deliberativo do Cecafé, destaca a integração da cadeia e preocupação do setor com a incorporação de soluções sustentáveis e a busca permanente pela qualidade do produto.


João Antônio Lian
Na cerimônia de abertura do evento, foi assinada uma parceria entre o Cecafé e a Microsoft Brasil, para o fortalecimento do programa “Criança do Café na Escola” que, em seu terceiro ano, conta com 53 salas de informática, promovendo a educação e inclusão digital de mais de 18 mil crianças e adolescentes de escolas rurais, nas principais regiões cafeeiras. O compromisso da Microsoft com a educação vem reforçar o objetivo do Cecafé em promover o desenvolvimento de ferramentas, programas e práticas inovadoras para que educadores, estudantes e comunidade rural alcancem seu potencial pleno.

O suporte da Microsoft ao Programa deverá facilitar o acesso à Internet, softwares e programas de aprendizagem e soluções pedagógicas desenvolvidas com respeito às regionalidades e demandas de cada escola participante.

“O Programa Criança do Café na Escola é uma iniciativa que deveria ser seguida por outras organizações”, destaca o diretor de Assuntos Comunitários da Microsoft para América Latina, Rodolfo Fucher. O programa agora faz parte do desafio lançado pela Microsoft de levar a tecnologia da informação a um bilhão de pessoas até 2015. A estratégia gira em torno de um modelo sustentável apoiado em três pilares fundamentais: apoiar a educação, estimular a inovação tecnológica e geração de empregos e oportunidades.

Rodolfo Fucher

Dentro do Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Cecafé, destacam-se ainda os programas “Jovem Empreendor” e “Produtor Informado”, idealizados para dar suporte ao desenvolvimento de comunidades rurais e incentivar a fixação do homem no campo, por meio de conhecimento e acesso à tecnologia.

Brasil vive melhor momento da economia desde 1970

Com visão otimista sobre o cenário para exportação de commodities, o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Otávio de Barros, traçou uma análise da economia brasileira e seus reflexos no agronegócio café.


Otávio de Barros
Para embasar a atual situação da economia, recorreu ao período de 1967 a 1976, quando a economia brasileira crescia 10% ao ano, similar à China na atualidade. “Hoje, o Brasil é um país completo, mais atrativo e menos vulnerável. Temos a maior diversidade do mundo em termos de commodity e do ponto de vista industrial”, ressalta. Segundo Barros, hoje o país se expõe mais à competição externa, com a recente abertura da economia e de um processo de apreciação cambial, cujo regime flutuante, desde 1999, promove uma depuração dos setores, destacando-se os mais competitivos e eficientes.

“O Brasil vive o melhor momento desde o milagre econômico de 1970, sinalizando um crescimento sustentável na casa dos 4,5 a 5% ao ano. Estamos iniciando um ciclo de crescimento com menor volatilidade comparada às últimas quatro décadas”, afirma. Sem perspectivas de mudanças significativas no câmbio, sugere ousadia aos setores para manutenção de competitividade.

A atual situação positiva revela-se ainda mais importante em um país com a mais dramática experiência inflacionária da história do capitalismo. Barros acredita que os indicadores econômicos afastam por longo período a vulnerabilidade externa e o ciclo de avanço seguido de recessão. Com inflação abaixo da média mundial e recebendo mais investimentos estrangeiros do que qualquer outro país emergente, o país segue o caminho de padrões de excelência que deverá conduzir a taxa de juros nominais. Para facilitar a compreensão, Barros faz analogia ao futebol: “Significa sair da 4ª divisão para 2ª divisão nesta liga de países competitivos”, acrescenta.

Aquecimento Global e suas influências na cafeicultura

Chuvas irregulares, secas imprevisíveis, floradas fora de época, maturação desuniforme. Estes são alguns dos sintomas das mudanças climáticas e seus efeitos na cafeicultura brasileira. De acordo com o chefe geral da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), Eduardo Delgado Assad, o momento exige conhecimento, medidas mitigadoras e adaptação aos efeitos do aquecimento global, previsto pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Simulações realizadas com técnicas de geoprocessamento e modelagem climática indicam que a área com aptidão para o cultivo de café no Brasil poderá sofrer drástica redução caso não sejam tomadas atitudes que atenuem este efeito. Atualmente, o Estado de São Paulo tem 39,1% de sua área apta para o cultivo do café. Como exemplo, caso ocorra um aumento de 1ºC na temperatura e mais 15% de chuva, a área apta ao plantio seria reduzida para 29,8%. Com mais 3ºC na temperatura e 15% de chuva, a área favorável seria de 15%. Este cenário seria similar para outros estados, como Minas Gerais e Paraná.

Eduardo Delgado Assad

A estimativa é que a área apta para o plantio de café no Brasil cairia para 50% caso haja o aumento de 1ºC na temperatura e de 27,7%, com aumento de 3ºC. Outra estimativa preocupante é de redução da produção de café em 23% com o aumento de apenas 1º C na temperatura. Os cenários prevêem reduções similares para Colômbia e Vietnã. “Esta é a versão caso nada seja feito para atenuar os efeitos”, ressalta Assad.

Nos últimos 100 anos foi verificado um aumento médio de 2º C nas temperaturas mínimas. O problema maior é que na curva deste aumento os picos são registrados nos meses de agosto, setembro e outubro, com forte influência no balanço hídrico e, conseqüentemente, na floração do cafeeiro e na redução de produtividade.

Mas, para Assad, ainda há tempo de reverter essa situação. Entre as medidas, a redução de gases de efeito estufa, adoção de práticas conservacionistas e investimento em melhoramento genético e biotecnologia em busca de variedades tolerantes à deficiência hídrica e altas temperaturas. No pacote tecnológico deverá ser incluída atenção especial à nutrição mineral e uso de arborização na lavoura.

De olho nos vizinhos: mudanças e desafios para os próximos anos

Os participantes do 2nd Forum & Coffee Dinner também receberam informações atualizadas sobre o agronegócio café na América Central, México e Colômbia, em palestra apresentada pelo vice-presidente de Comercialização e Marketing da Mercon Coffee Group, Oscar Sevilla. Semelhante ao Brasil, a cafeicultura destas regiões sofreu alterações nos últimos 12 anos, enfrentando a temporada de crise com foco em cafés diferenciados pela qualidade e atenção aos custos de produção.


Oscar Sevilla
Na era chamada por Sevilla de “pré-crise” (1995-2000), países produtores da América Central, México e Colômbia vislumbraram um aumento de produtores de tamanho médio, crescimento de empresas exportadoras e de financiamento bancário. Neste contexto, aumentaram também as especulações e participação no mercado, mas faltava aos produtores o conhecimento para administração de riscos e superação de desafios frente à desvalorização cambial. De 2001 a 2005, como no Brasil, nossos concorrentes enfrentaram quedas nos preços, falta de capital para condução das lavouras e muitas falências, tanto para produtores individuais, como para cooperativas.

Na crise, é reforçada a tendência de atingir mais rentabilidade com a produção de cafés de alta qualidade e maior transparência na comercialização. Segundo Sevilla, nos últimos anos é notório o esforço dos países analisados para atingir mais estabilidade, embora tenham perdido mercado. A região saiu de uma exportação de 28 milhões de sacas em 2000, para cerca de 22,5 milhões em 2006, embora com crescimento nos segmentos mais valorizados. A previsão é que as exportações destas regiões voltem à casa de 28 milhões de sacas em 2012. Contribuindo para este resultado, a Colômbia está com plano de renovação de 30% do parque cafeeiro, visando aumento da produção exportável.

Os desafios para o futuro também são familiares aos brasileiros: necessidade de administração dos custos de produção, dificuldade de transferência de conhecimento e tecnologia a pequenos produtores, falta de mão-de-obra qualificada para colheita frente à urbanização em áreas produtoras e concorrência com outras culturas, como milho e cana-de-açúcar. Fica evidenciado, portanto, que o cafeicultor é antes de tudo um guerreiro, não só o Brasil, mas também nos países concorrentes.

Índia: a cafeicultura na terra dos contrastes

Ressaltando a diversidade geográfica e climática da Índia, Samit Shankar Shetty, diretor nacional do Grupo Olam, apresentou perspectivas e tendências da produção e consumo de café, durante o 2nd Forum & Coffee Dinner. A produção de café na Índia esteve estagnada entre 4,5 a 5 milhões de sacas na última década, mas o produto tem relevante importância econômica no país onde 65% da população vive em áreas rurais. A produção de robusta representa cerca de dois terços da produção total, calculada em 3,1 milhões de sacas na última safra.

Em 2006, a Índia exportou em torno de quatro milhões de sacas de café, principalmente para Itália, Alemanha e Rússia. O diferencial do café indiano está em mercados especiais, como os “cafés das monções” (originário da principal província produtora de Karnataka), “Mysore” e “Robusta Kaapi Royale”. Com predomínio de propriedades cultivadas em regime familiar e produtividades de 16 a 20 sacas/ha, a cafeicultura passa por transformações nos últimos anos. Como desafio, a migração para áreas urbanas, mão-de-obra desqualificada, custo alto de produção e falta de investimentos.

Samit Shankar Shetty

O país do chá também experimenta uma explosão no consumo de café. Nos últimos 10 anos, o consumo saltou de 800 mil sacas para um milhão e 400 mil sacas, com o aumento expressivo fora de casa, em cafeterias que se espalham pelo país. O consumo doméstico tem crescido aproximadamente 7% ao ano, a maioria representada pelo consumo ocasional e de café solúvel. A meta é aumentar também o consumo interno de café torrado e moído, para que o café seja incorporado à rotina do indiano, que tem o hábito peculiar de adicionar chicória a mais tradicional das bebidas.

Vietnã domina exportações de robusta

Como maior produtor e exportador de café mundial, é interessante ao Brasil conhecer a trajetória que levou o Vietnã de uma produção próxima a um milhão de sacas no início dos anos 90 para uma safra recorde de 17,5 milhões de sacas em 2006/07.


Ana Vohringer
Em apresentação no 2nd Forum & Coffee Dinner, a analista da Armajaro Coffee, Ana Vohringer, conta que tudo começou com um programa do governo para gerar emprego e renda para a população. Hoje, dois milhões de pessoas, dos quais 86% pequenos produtores, dependem do café no país maior produtor e exportador de café robusta. Produção de baixo custo (cerca de R$ 70,00/saca), parque cafeeiro novo (538,000 ha) e alta produtividade (32 sacas/ha) são características determinantes para o sucesso da atividade. O custo de mão-de-obra, embora ainda muito baixo comparado ao Brasil, triplicou nos últimos cinco anos.

O manejo das lavouras também é diferenciado. No Vietnã, o espaçamento usado é 3m x 3m, com densidade ao redor de mil plantas por hectare. A florada, que ocorre no período seco, exige irrigação, porém, a água começa a ficar escassa para uma expansão do cultivo fora de controle.

Na safra 2006/07 o preço do café foi muito atrativo e grande parte foi revertida para investimentos nas lavouras. Outra parte certamente engrandeceu o festival “Tet”, comemoração mais importante vietnamita, que marca o fim da colheita (outubro a janeiro) e antecipa a comercialização da safra. A entrada do Vietnã na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2006, motivou uma reestruturação no setor exportador. Há cinco anos, 95% das exportações eram feitas por companhias estatais, cuja tendência aponta para a privatização. Hoje, próximo de 20% do café vietnamita é exportado por exportadoras nacionais e internacionais, o que torna o mercado mais competitivo.

Quanto ao potencial de expansão da produção, Ana Vohringer aponta duas visões, a curto e longo prazos. Para as próximas safras o contexto é otimista: lavouras em boas condições, condições climáticas favoráveis e preços atrativos. Porém, não haverá por parte do governo incentivo para expansão da área de café, direcionados para outras atividades alternativas. A seca no período da florada parece ser o fator mais limitante.

Como fazer o americano tomar mais café

Países produtores ficam em alerta sobre as tendências de consumo nos Estados Unidos, país onde 57% da população toma café diariamente.

Os participantes do 2nd Forum & Coffee Dinner tiveram a oportunidade de receber estas informações do especialista William Cortner, da Procter & Gamble. O desafio, segundo ele, é encontrar soluções para aumentar o consumo que está estagnado há 40 anos, acompanhando apenas o crescimento da população, cerca de 7% ao ano. Uma boa notícia é que o comportamento do consumidor vem mudando, com tendência para o consumo fora de casa, aumento de cafeterias e participação do café no varejo.

William Cortner

A diversificação pela qualidade e as certificações com valores sociais e ambientais são fortes tendências do consumo. Nos últimos anos, o mercado de cafés certificados encontrou demanda crescente, principalmente na faixa de consumidores que valorizam aspectos de sustentabilidade, apresentam desejos mais sofisticados e podem pagar por esta diferenciação.

A ligação entre café e saúde é a estratégia mais poderosa para alavancar o consumo, segundo Cortner. As características funcionais e nutricionais são cada vez mais prioritárias na escolha da bebida. Pesquisa realizada em 2004 mostrou que 71% dos entrevistados achavam que o café fazia mal à saúde. O conceito parece mudar com investimentos em estudos científicos que comprovam os benefícios da bebida e campanhas de conscientização para afastar os mitos negativos que dificultam o aumento do consumo.

Café pronto para beber agrada consumidor japonês


Masaro Ueshima
O consumo de café no Japão representa mais que 60% do consumo em toda a Ásia. Masaro Ueshima, gerente executivo da UCC (Ueshima Coffee Co), aponta algumas tendências para agradar o mercado asiático, sobretudo o japonês, terceiro no ranking de importação (em torno de 7,7 milhões de sacas) e quarto país em consumo no mundo. Em 20 anos, o japonês aumentou o consumo semanal de café em duas xícaras, chegando a 340 xícaras anuais, ainda abaixo da média mundial e com potencial de crescimento.

Hoje, o café torrado e moído para consumo em casa e escritórios e o café pronto para beber são as preferências nacionais.

Desde 1985, os gastos com café superam os gastos com o chá verde ou preto. A diminuição e envelhecimento da população vêm alterando os hábitos de consumo no Japão. A tendência aponta crescimento para o mercado de cafés especiais e certificados, principalmente com selos Orgânico e Rainforest Alliance. Em pesquisa realizada junto aos consumidores, 90% sinalizou preocupação com questões ambientais e de segurança alimentar, sendo que 70% preferem o café orgânico.

Embora o Japão seja um consumidor atrativo, a China continua sendo o mercado com maior potencial de expansão para o consumo de café, representando 82% da população asiática. O consumo de café ainda é muito pequeno (18 xícaras per capta/ano), porém com taxa de crescimento ao redor de 62% nos últimos 10 anos. Cerca de 90% do mercado de café asiático é de café instantâneo, sendo quase unanimidade na China. Na visão de Ueshima, a Ásia tem potencial para se tornar um grande mercado de café. O desafio está em diversificar as opções de consumo, como o torrado e moído de qualidade superior, visando atrair e cativar novos consumidores.

Rússia aquece mercado de café na Europa

Para finalizar a rodada temática que trouxe informações atualizadas e tendências de mercado aos participantes do 2nd Forum & Coffee Dinner, o presidente da Union Nationale du Café – Paris (UNACAF), Bertrand Bouvery, fez uma explanação sobre os desafios e oportunidades do consumo de café na Europa.

Com importação estável, ao redor de 38 milhões de sacas, as reduções de consumo em países tradicionais como Alemanha e França são compensadas pelo consumo no Leste Europeu e Rússia, que triplicou na última década. Grande parte deste aumento se deve a popularização do café solúvel, que já representa 17% do consumo total de café na Europa. A Alemanha, que importa cerca de nove milhões de sacas anualmente, apresenta uma taxa de consumo decrescente, com redução de 14,83%, nos últimos seis anos.

Bertrand Bouvery

Uma das explicações é que neste mesmo período, o preço ao consumidor subiu 63%. Na França, o consumo sofreu redução de 8% desde 2000. O consumo de sachês na França já representa 8% do volume das vendas e 13% do valor de mercado. Por outro lado, o consumo na Rússia apresenta forte crescimento, com 90% do mercado representado pelo café solúvel. Em 1999, a cada cinco consumidores de chá, havia um consumidor de café. Em 2005, esta proporção já era de dois para um.

Com 35 anos dedicados ao café e com grande conhecimento da cafeicultura brasileira, Bouvery ressalta: “O Brasil está no caminho certo em termos de produção e aumento da safra, para acompanhar a demanda mundial e manter a participação no mercado. O Brasil tem tecnologia, terras e tradição, sendo o único país capaz de atender à expansão do consumo no mundo”, destaca Bouvery. Ele completa que a diversidade de cafés do Brasil atende a todos os tipos de mercado, dos tipos menos valorizados aos paladares mais exigentes.

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