A
saúde é o maior bem da vida. Uma boa
alimentação e educação
são as fontes para a perfeita saúde
física e mental. Apenas o consumo adequado
de nutrientes é capaz de proporcionar energia
para as atividades diárias normais do adulto
e as necessidades de crescimento da criança.
Nos Estados Unidos, mais de 1/3 das crianças
apresenta obesidade devido à substituição
da alimentação natural por uma artificial.
O excesso de calorias leva à obesidade, um
problema dos países em desenvolvimento, onde
a alimentação natural foi quase que
inteiramente substituída por produtos industrializados
artificiais (“fast-food” e bebidas artificiais).
Especialistas concordaram durante um encontro da Organização
Mundial da Saúde (OMS) em estabelecer uma nova
definição para o mal nutrido, que inclui
a obesidade, com objetivo de fazer com que governos,
pais e professores lutem contra os problemas da má
alimentação de forma unida. Os especialistas
sustentam que a obesidade e a desnutrição
são faces da mesma moeda e lembram que, no
mundo, 170 milhões de crianças estão
abaixo do peso, enquanto 300 milhões de adultos
são obesos. Na atualidade, a nutrição
causa doenças nos países ricos devido
aos excessos, como obesidade, doenças cardiovasculares,
câncer, diabetes, enquanto nos países
pobres, a desnutrição é um problema
comum.
Desenvolvimento
Cognitivo
O desenvolvimento cognitivo da criança se dá
conjuntamente com conhecimento construído
através do acesso à cultura. As funções
mentais superiores articulam-se de acordo com um processo
evolutivo até atingirem o pensamento recursivo,
gramatical, lógico, sistêmico, conexo
e articulado, transformando crianças em sujeitos
epistêmicos, adultos participantes da sociedade
letrada. Esta competência adaptativa do cérebro
é fascinante. Além das características
herdadas dos pais, que são transmitidas geneticamente,
os processos cognitivos correlacionados à atividade
do cérebro envolvida nas tarefas escolares
e na construção de conhecimentos de
conteúdos curriculares, dependem muitíssimo
dos fatores ambientais para determinar grande parte
a aprendizagem.
A altura e o peso de um indivíduo tem uma infuência
de 85 a 90 % por parte dos gens. Quem nasce com determinaçào
genética para ser gordo ou magro, alto ou baixo,
pouco pode fazer para mudar isto. Mas o peso da genética
na determinação das características
de personalidade e desempenho intelectual é
bem menos preponderante. Uma criança pode nascer
com um grande potencial herdado de seus pais e avós,
mas pode perdê-lo completamente se conhecer
a desnutrição e não for a escola
ou receber uma educação especializada.
O homem nasce com menos de 1/3 de suas conexões
cerebrais feitas, sendo que o trabalho da educação
para o desenvolvimento de competências cognitivas
e para a modelação de estratégias
lógicas complexas do conhecimento, fará
o restante durante toda sua vida. A cognição
precisa de estímulos interacionais para progredir,
aumentando ou diminuindo na exata medida que cérebro
é chamado a trabalhar. Mesmo pessoas mais velhas
podem manter-se ativas desde que se mantenham as várias
áreas do cérebro trabalhando. Quanto
mais a pessoa usar o cérebro, mais saudável
e mais produtiva para a vida ela se torna. Por outro
lado, um meio social próspero no lar, uma saúde
psíquica e corporal, uma educação
carinhosa e ponderada e uma educação
escolar motivada e estimulante podem ativar de forma
significativa a aprendizagem da criança. Crianças
ricas ou não possuem o mesmo potencial de intelectivo,
desde que objetivamente estimulado.
Preconceito
contra o café
Enquanto que o preconceito contra o café faz
com que as crianças tomem pouco ou mesmo não
tomem café diariamente, puro ou com leite,
o mesmo não acontece com outras bebidas. Na
atualidade tomar refrigerantes ou sucos artificiais
para saciar a sede é um hábito diário
de quase todas as crianças, em lugar de um
simples copo de água. E estudos recentes feitos
por médicos ingleses detectaram que o consumo
exagerado de refrigerantes por adolescentes não
apenas ajuda a destruir os dentes mas pode provocar
problemas de comportamento e afetar o crescimento.
E ao mesmo tempo, as crianças são erroneamente
educadas de que o consumo de café pode ser
prejudicial para a saúde.
O fato de que o consumo regular e moderado de café
pode melhorar a atenção, concentração,
memória, aprendizado e humor de crianças
além de atuar na prevenção da
apatia, depressão/suicídio e o consumo
de drogas como o álcool, torna obrigatória
a inclusão do café na merenda escolar
em todas as escolas diurnas em todo o mundo, desde
que o café seja tomado com moderação.
O café consumido desde a infância ajuda
na prevenção de diabetes na vida adulta,
Parkinson, Alzheimer e diversos tipos de câncer
(fígado, pele, mama, coloretal).
O Projeto Café na Merenda visa proporcionar
a todas as criancas do Brasil e do mundo uma alimentação
saudável e natural, além de ajudar a
melhorar o aprendizado e prevenir doenças na
infância e na vida adulta. O Projeto Café
na Merenda motivou a realização de pesquisas
científicas para investigar a aprendizagem
formal e as competências cognitivas e lingüísticas
correlacionadas ao uso do café em crianças
com deficiência visual, surdez, deficiência
intelectual e crianças abrigadas, vítimas
de privação e violência em parceria
com a ABRAPA.
O Projeto também serviu para o desenvolvimento
e implantação de 10 plataformas computadorizadas
com o NCE-UFRJ, chanceladas pela ONU, para colaboração
científica e prestação de serviços
visando a realização de pesquisas sobre
o desenvolvimento global e a nutrição
infantil, incluindo o café na merenda escolar
para crianças na escola regular: http://www.abrapabr.org.br/plataformas/esgrima/index.html,
bem como para crianças deficientes visuais
que serão estudadas no Instituto Benjamin Constant
do Rio de Janeiro (IBC-MEC): http://www.abrapabr.org.br/plataformas/ibc/index.html,
crianças surdas do Instituto Nacional de Educação
de Surdos (INES-MEC): http://www.abrapabr.org.br/plataformas/ines/index.html,
com apoio da ONG, Associação Brasileira
de Problemas de Aprendizagem (ABRAPA): http://www.abrapabr.org.br/plataformas/abrapa/index.html,
o projeto inclui também crianças abrigadas
pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (vítimas
de abandono e abuso): http://www.abrapabr.org.br/plataformas/tuia/index.html,
além de deficientes mentais:http://www.abrapabr.org.br/plataformas/cristaal/index.html.
A metodologia construída por estes cientistas
busca um novo modelo de ser humano e de Educação,
que vai além da cópia, do treinamento
e da repetição, característica
da escola convencional. Para apresentar este novo
paradigma, desenvolveu-se um conjunto de jogos neuropsicopedagógicos
e metacognitivos, construídos de acordo com
um modelo lúdico isomórfico às
funcões mentais superiores e aos sistemas de
processamento da consciência.
Este modelo permite construir um perfil cognitivo
do sujeito, identificando as áreas de força
e de fraqueza das habilidades e competências
cognitivas e verbais. A partir deste perfil, os mesmos
jogos foram desenvolvidos para serem aplicados através
de um procedimento chamado “elaboração
dirigida” para provocar a metacognição,
promovendo a diminuição de decalagens
entre as funções prejudicadas e as funções
preservadas. A metodologia tem obtido desde então
inúmeros resultados positivos na educação
de crianças em geral, inclusive as crianças
com deficiência.
O objetivo corrente do trabalho é dar acesso
a estes novos paradigmas, que servem de modelo para
inovar a Educação de crianças
tanto normais como com deficiencia, através
da informatização de todo o processo
de mediação e interação
social realizada através de meios ricos e complexos
(jogos neuropsicopedagógicos e metacognitivos)
e confirmar os possíveis benefícios
do consumo diário de café.
BIBLIOGRAFIA:
SEMINERIO, F. L. P. ; ANSELMÉ, C. R. ; CHAHON,
M. . Metacognição: um novo paradigma
. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio De Janeiro,
v. 51, n. 1, 1999. p. 110-126.
SEMINERIO, F. L. P. ; ANSELMÉ, C. R. ; CHAHON,
M. . Novos Rumos na Psicologia e na Pedagogia. Metacognição:
uma nova opção. Arquivos Brasileiros
de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 49, n. 3, 1997.
p. 5-22.
SEMINERIO, F. L. P. ; ARAUJO, T. C. F. ; OLIVEIRA,
R. M. ; RAMUNDO, C. ; MOURAO, B. L. A. ; BOTELHO,
M. G. B. ; CERQUEIRA, L. C. . Metaprocesso: A Chave
do Desenvolvimento Cognitivo. Uma Realização
da Pedagogia Contemporânea. Rio De Janeiro:
Fundacao Getulio Vargas, 1988.
Ref.:
Santos, R.M. & Lima, D.R.: Coffee, The Revolutionary
Drink for Pleasure and Health, XLivris, 2007, USA.
Darcy
Roberto Lima, Professor do Instituto de Neurologia,
UFRJ; Carla Verônica Machado Marques, Professora
e Pesquisadora do Núcleo de Computação
Eletrônica (NCE), UFRJ; Instituto Benjamin Constant
(IBC), MEC ; Instituto Nacional de Surdos (INES) e
ONU.
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