Uma
das características que marcam a trajetória
da BSCA ao longo dos seus 17 anos é a sua capacidade
de renovação. Todos os projetos e programas
são continuamente analisados e os rumos redefinidos,
assim como novas metas são traçadas.
Isso é necessário para nos mantermos
juntos e mesmo à frente das rápidas
mudanças de mercado, inclusive nos antecipando
à concorrência.
O segmento de cafés especiais é altamente
seletivo e exigente, por isso a necessidade de inovar,
de aperfeiçoarmos sempre as técnicas
de produção e preparo dos lotes, para
melhor atender consumidores do mundo inteiro, até
mesmo do Brasil, que recentemente começou a
demandar cafés de alta qualidade. E isso exige
investimentos de fôlego, não só
na produção, mas também na promoção
do produto. Projetos compradores e vendedores são
altamente eficazes, pois criam elos entre os agentes
do mercado. Concursos como o Cup of Excellence e Late
Harvest mostram-se ferramentas importantíssimas:
incentivam o produtor a investir no seu cafezal, recebendo
o reconhecimento por meio do valor pago por seu lote;
e ainda projetam a qualidade dos Cafés do Brasil
pelo mundo afora. Enfim, os cafés especiais
do Brasil são uma verdadeira vitrine, e a abertura
de mercado para esses produtos ajuda a formar uma
boa imagem e facilita a entrada dos demais cafés
brasileiros.
A maior parte das atividades realizadas pela BSCA
beneficia produtores de todo o País. Entretanto,
existem muitos cafeicultores, principalmente os pequenos,
que carecem de orientações e apoio nos
seus negócios. É justamente por isso
que a BSCA está agora ampliando a sua base
de associados, para levar informação,
tecnologia e cultura comercial a um maior grupo de
cafeicultores. É um trabalho importante, porém
de longo prazo.
Essa idéia não é recente, mas
ganhou corpo com a realização da 1ª
Seleção de Cafés Especiais Responsáveis
– Taste of The Harvest, promovida no início
de dezembro passado em Paraty. O encontro, que em
um final de semana mesclou rodadas de negociação
e turismo cultural, mostrou-se altamente positivo.
Contando com o apoio de tradutores, esta foi uma experiência
inédita para muitos produtores, que puderam
pessoalmente apresentar seus lotes.
O que pretendemos com a ampliação da
base de associados é, de um lado, aumentar,
na mesma proporção, a oferta de cafés
finos e especiais e, de outro, dar maior representativa
à própria associação.
Existe uma demanda crescente e potencial, e o Brasil
tem tudo para suprir. Trabalhar com cafés especiais
é, sim, um trabalho de formiguinha, que exige
investimento e paciência. São muitas
as exigências no que se refere aos tratos culturais
e ao cumprimento das regras de sustentabilidade econômica,
social e ambiental. Porém, a adequação
é necessária para que se conquiste uma
das principais vantagens desse segmento comercial:
contratos duradouros e de longo prazo. O resultado,
com certeza, é sempre animador e remunerador.
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