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Dezembro 2009 - Ano 88 - Nº 832

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O tradicional Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras realizou a sua 35ª. Edição, desta vez em Araxá/MG, reunindo mais de 700 participantes entre pesquisadores ligados às diversas instituições de pesquisas, difusores de tecnologia da rede de assistência aos cafeicultores, representantes de entidades de classe da cadeia café e produtores e autoridades do setor, para apresentar e discutir as últimas novidades tecnológicas.

Na abertura do congresso

Na abertura do Congresso, autoridades importantes compareceram, como o Secretário de Agricultura de MG, Gilman Viana, representando o Governador do Estado, Deputado Silas Brasileiro; o Superintendente do MAPA em Minas, Antonio do Valle; o Presidente da CACCER Francisco Assis; o Secretário da Agricultura de Araxá, Aguinaldo de Lima, presidente das câmaras setoriais de café do MAPA; o Secretário Executivo da Fundação Procafé, Osvaldo Paiva; o Diretor Geral do CECAFÉ, Guilherme Braga; e o Presidente da CAPAL, Alberto Valle Junior.

No ato houve também o lançamento da Campanha Nacional Café Seguro, iniciativa que reúne os setores privados do setor, representantes das indústrias de agroquímicos, MAPA e EMBRAPA, com vistas a transmitir orientação aos produtores sobre o uso correto desses produtos e noções sobre boas práticas. Guilherme Braga destacou a importância deste trabalho para assegurar o acesso do café brasileiro aos mais exigentes mercados e manter a sua imagem de produto seguro, e Guto Magalhães, da COOXUPÉ/CNC, que coordena as ações operacionais e produção do material de orientação, informou sobre a programação das ações e dos Dias de Campo.

Do programa de abertura constaram, ainda, o lançamento de um livro sobre irrigação em cafezais, e o dia-de-campo na Fazenda Experimental da CAPAL.
A organização do evento também prestou homenagens a pessoas que tem feito muitos trabalhos em prol do desenvolvimento da cafeicultura dos cerrados, sendo agraciados o Deputado Silas Brasileiro, Aguinaldo J. de Lima, e os Agrônomos Roberto Santinato e José Edgard P. Paiva. Em seguida, completando o painel de abertura, foi promovido um debate sobre a conjuntura cafeeira.

Trabalhos com qualidade

Mais de 300 trabalhos de pesquisa foram apresentados, sendo incluídos no livro dos anais. Trataram dos diferentes setores da cultura cafeeira, iniciando pelas doenças e pragas, pelos sistemas de plantio, nutrição, tratos culturais, fisiologia, colheita, preparo e qualidade do café, alem de estudos sócio-econômicos, agricultura de precisão e certificação. Cento e dois trabalhos foram apresentados oralmente durante os 3 dias de sessão em plenário.
Foram discutidos também temas aplicáveis à cafeicultura regional. O primeiro tratou da “Moderna cafeicultura dos cerrados” nele atuando Antonio Nazareno M. Guimarães, Reitor da UFLA. como coordenador e como palestrantes Francisco de Assis, da CACCER, Roberto Santinato e André Fernandes que falaram sobre nutrição e irrigação racionais para as lavouras do cerrado.

O segundo seminário abordou “A poda no manejo de cafezais”, sendo coordenador Roberto Thomazielo e palestrantes, J.B. Matiello, que falou das finalidades das podas no manejo e Alisson Villela e André Garcia, que discutiram a época e modo de podar e o uso da poda para safra zero.

No terceiro seminário o tema foi “Novas variedades de café”, sob coordenação de Carlos H. Carvalho e participação de S. R. Almeida, L.C. Fazuoli e Antonio A. Pereira, cada um apresentando as variedades novas desenvolvidas pelas suas Instituições e Equipes de trabalho.

O começo, os méritos e as lembranças

José Braz Matiello, idealizador do Congresso e principal responsável pela sua execução lembra que as grandes motivações do Congresso foram a ferrugem do cafeeiro, que gerou a execução de um extenso programa de pesquisas para seu controle e, em seguida, a renovação de cafezais, programas nascidos no âmbito do IBC-GERCA, a partir dos anos 1970, impulsionada pela grande geada de 1975. Tanto assim que o primeiro congresso chamava-se de Congresso Brasileiro de Pragas e Doenças do Cafeeiro. A partir do segundo, o nome mudou para Pesquisas Cafeeiras, pois o problema da ferrugem passou a ser tratado no todo da cultura cafeeira.

Matiello destaca como decisivo o apoio do então Secretário Executivo do GERCA, grande incentivador da Equipe, o também Engenheiro Agrônomo José Maria Jorge Sebastião, e recorda as personalidades que brilharam nos Congressos, como Alcides Carvalho, Ângelo Paes de Camargo, Coaracy Franco, Adolpho Chebabe, Euripedes Malavolta, Kepler Araújo Netto, João da Cruz, Roberto Abreu, J. C. Zattar, e José de Paula Motta, que dirigiu o setor da produção cafeeira do IBC, que dirigia as atividades do congresso, por longos anos.

 
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