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Setembro 2010 - Ano 89 - Nº 835

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Nos seus 150 anos de existência, o Ministério da Agricultura vem apoiando o desenvolvimento do campo, que por sua vez tem sido a alavanca dos demais setores da economia brasileira.
Testemunha da história do país, o Ministério já teve as mais diferentes funções, que foram mudando com as mudanças determinadas pelo progresso. Já foi também da Indústria e do Comércio, já foi de Reforma Agrária, já teve a extensão rural como grande instrumento, já cuidou da pesca e das florestas plantadas.

Mas sempre esteve ao lado dos produtores rurais e, talvez por isso, desde o programa da substituição das importações, base da urbano-industrialização do Brasil, venha perdendo força dentro do governo e, em alguns momentos, sendo moeda de troca nas transações políticas nacionais.

As grandes transformações do Ministério, no entanto, se deram em duas ocasiões: a primeira, nos anos 70, quando a atividade produtiva rural ficou mais complexa. Foi quando a agropecuária passou a demandar serviços e insumos (antes da porteira), transformando-se na grande supridora da indústria de alimentos (depois da porteira) e de importante parcela de comércio interno e externo.

Nesta época surgiram a EMBRAPA e a EMBRATER, as regras de PGPM e do crédito rural se delinearam e instituições como a CFP, a COBAL e a CIBRAZEN tiveram muito peso nas ações do Ministério. Foi a grande revolução do setor, dando força à conquista do Cerrado: a agropecuária deixou de ser costeira e avançou pelo país adentro.

E a segunda, mais recentemente, com a tríplice colisão determinada pela estabilização da moeda, pela abertura comercial e pela redução da intervenção do Estado, com todas as reformas institucionais e estruturais experimentadas pelos órgãos de governo.

Nesta nova fase, o MAPA foi remodelado tendo em vista o fato de que a última grande reforma de sua estrutura fora exatamente nos anos 70, e de lá para cá muita coisa mudara. Foi criada uma área de planejamento estratégico, assim como uma secretaria de Relações Internacionais, uma de Agroenergia, foi remodelada a Defesa Sanitária, empresas vinculadas foram fortalecidas (EMBRAPA, CONAB, INMET) e a articulação com outros órgãos do governo e com o Parlamento foi incrementada.

Foram criadas Câmaras Setoriais reunindo todos os agentes das diferentes cadeias produtivas, dando origem às propostas de políticas setoriais cujo conjunto definiu uma completa política agrícola para o país. Tudo isso embasado pelos dados levantados pela nova área estratégica.
Portanto, o Ministério vem cumprindo sua missão com eficiência sempre, especialmente em função da qualificação do seu pessoal técnico, administrativo e de apoio.

No entanto, a implementação desta política não depende do MAPA, porque os instrumentos para isso estão espalhados por uma dúzia de outros Ministérios.

Agora, dada a informação da FAO, de que a demanda por alimentos crescerá 70% até 2050, chegou a hora e a vez do Brasil assumir a liderança mundial deste formidável desafio, que inclui agroenergia.

Para isso, é tempo do MAPA ter mais prestígio no conserto dos órgãos governamentais brasileiros.

Roberto Rodrigues
ex-Ministro da Agricultura, atual Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV,
Presidente do Conselho Superior de Agronegócio da FIESP e professor de Economia Rural da UNESP/Jaboticabal

REVISTA DO CAFÉ - INÍCIO
 
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