Com
a presença de cerca de 300 empresários,
o CECIEx – Conselho Brasileiro das Empresas
Comerciais Importadoras e Exportadoras promoveu importante
seminário no último 30 de agosto, no
Teatro do Hotel Renaissance, em São Paulo,
para debater e avaliar a situação desse
segmento econômico.
O fórum foi aberto pelo Presidente da Associação
Comercial de São Paulo — ACSP —
e também da Federação das Associações
Comerciais do Estado de São Paulo — FACESP
—, Alencar Burti, que destacou o importante
trabalho que as comerciais exportadoras e importadoras
prestam, especialmente às pequenas e médias
indústrias que desejam colocar seus produtos
em outros mercados. Burti lembrou que elas se assemelham
a “caixeiros viajantes” do mercado interno,
apenas que com o foco em negócios em outros
países.
Roberto
Ticoulat, Coordenador do CECIEx,
explicou que a missão do Conselho é
representar este segmento, atuando como porta-voz
dos seus problemas e fazendo as gestões
junto aos órgãos competentes com
poder para resolvê-los. Outra função
do CECIEx é mudar o entendimento que governo
e as próprias indústrias, que seriam
naturais clientes, têm das comerciais exportadoras
e importadoras. Apesar de importante para o funcionamento
da economia, Ticoulat lembra que o segmento sofre
diversos entraves, como a obrigatoriedade da consolidação
de cargas em recinto alfandegado ou a dificuldade
de obter linha de crédito que financiem
o produtor ou o importador e que são obstáculos
à atividade. Lembra, porém, que
para ser ouvido e modificar esse quadro, o setor
deve se estruturar e permanecer unido.
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Palestrou também, representando o Ministro
de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Miguel Jorge, o Diretor do Departamento
de Normas e Competitividade do MDIC, Gustavo Ribeiro
Ferreira. Ao mostrar que o setor, através de
5.621 comerciais exportadoras, respondeu em 2009 por
17% do total enviado ao Exterior pelo País,
ele reafirmou o interesse do Governo Federal em continuar
apoiando-o.
Maurício Manfré, Gestor do Projeto Tradings,
representando Alessandro Teixeira, Presidente da ApexBrasil,
ressaltou a habilidade na relação com
clientes estrangeiros, experiência na negociação
de contratos internacionais e a preocupação
em reduzir custos para viabilizar a operação,
como diferenciais que as tradings oferecem. Elencou
as várias ações realizadas desde
2008 em conjunto, ApexBrasil e CECIEx, tais como missão
a Angola (2008), África do Sul (2009) e Dubai
(2010), bem como duas missões compradoras em
São Paulo, a primeira da América Latina
em 2009 e da África em 2010. Envolveram-se
nestes eventos 650 comerciais exportadoras, contabilizando
exportações de 4,1 bilhões de
dólares. No próximo dia 7 de outubro
uma nova missão para Singapura será
coordenada pela Apex junto com o CECIEx.
Finalizando o seminário, Rita de Cássia,
da Dahll Internacional afirmou que as comerciais exportadoras
com sua expertise abreviam etapas e reduzem riscos
de insucesso.
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