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Setembro 2010 - Ano 89 - Nº 835

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No dia 21 de outubro, o Museu do Café, em Santos/SP, abre ao público a exposição “A defesa do café faz história. Café: economia e política — as intervenções governamentais na economia cafeeira 1905-1990” de proteção e valorização ao café, o principal produto da balança comercial brasileira durante a segunda metade do século XIX e início do XX. A exposição é uma realização do Governo de São Paulo, por meio do Museu do Café — Organização Social ligada à Secretaria de Estado da Cultura —, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A exposição, com curadoria da professora e doutora Vera Lucia Nagib Bittencourt, também consultora do Museu do Café, aborda os diferentes desafios enfrentados pela produção cafeeira durante o século XX, bem como as estratégias utilizadas para superá-los. O recorte histórico destacado na mostra tem início com o Convênio de Taubaté, em 1906, e segue até a desregulamentação do mercado pelo governo, com a extinção do Instituto Brasileiro do Café, em 1990.

Durante esse período, foram vários os movimentos de mercado que exigiram articulações políticas e diferentes ações de valorização e proteção do produto. “Ao final da década de 1920, exauriu-se a capacidade de estabilização do mercado apenas por controle de estoques. Então, foi necessário conter o plantio, enfrentar a queima do produto e uma intervenção mais efetiva, através de diferentes instâncias do governo”, explica Vera Bittencourt.

Entre essas ações estão a criação de órgãos e instituições governamentais para gerenciar as relações do mercado. Em 1952, em resposta às reivindicações da cafeicultura, foi formado o Instituto Brasileiro do Café (IBC), responsável por encaminhar as relações da produção nacional no mercado internacional e com outros países produtores. Já a partir dos anos 1990, com a transformação da economia mundial, a relação institucional entre Estado e mercado também foram redesenhadas. “Nesse momento atribui-se ao governo novas iniciativas, como a pesquisa, o marketing e o aperfeiçoamento do sistema de informação”, contextualiza a curadora da exposição.

Como convite ao visitante para que embarque nessa história, a mostra no Museu do Café lança mão de documentos, reproduções de jornais e revistas, peças publicitárias, testemunhos de embates pela imprensa, canções, estatísticas, mapas, ilustrações e charges. A curadoria apostou na interação entre os espaços expositivos, como um grande quebra-cabeça, oferecendo ao público a oportunidade e o prazer de conhecer e descobrir.

Entre os principais destaques da exposição está a reprodução de trechos da edição comemorativa do periódico “O Jornal”. Publicado em 15 de outubro de 1927, em celebração ao bi-centenário do café no Brasil, o diário — cujo original faz parte do acervo do Centro de Informação e Documentação Luiz Marcos Suplicy Hafers — traz uma série de textos, ilustrações e balanços comerciais que evidenciam como a discussão sobre a defesa do café, e suas diferentes concepções, se fazia presente à época.

“A exposição propõe um olhar sobre a defesa do café enquanto ação transformadora que deve ser reconhecida e debatida. Justamente por se tratar de um quadro tão matizado, o termo é abordado em suas múltiplas dimensões, destacando as principais políticas no setor, como o Convênio de Taubaté, a queima dos estoques nos anos 1930, a atuação do IBC, e os embates em torno delas”, destaca Vera Bittencourt.

Ciclo de Estudos

Durante a exposição “A defesa do café faz história. Café: economia e política — as intervenções governamentais na economia cafeeira 1905-1990”, o Museu do Café realizará um ciclo de estudos abordando, com a presença de especialistas no assunto, diferentes aspectos sobre o tema proposto na mostra.

Entre os palestrantes estão personalidades do setor cafeeiro como Ruy Barreto e Marcelo Vieira, além de figuras importantes do cenário da política nacional, como os ex-ministros Roberto Rodrigues e Antônio Delfim Netto. Mais informações sobre a programação, os palestrantes e inscrições estão disponíveis no site www.museudocafe.com.br.

O Museu do Café fica à rua XV de Novembro, 95, no Centro de Histórico de Santos/SP. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado das 9h às 17h, e aos domingos entre 10h e 17h, sempre com funcionamento da bilheteria até 16h15. Os ingressos para visitação custam R$ 5, estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado das 8h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h.

REVISTA DO CAFÉ - INÍCIO
 
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